sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A mistura das culturas

A partir da leitura do texto O sumiço das línguas do mundo, publicado na revista Galileu e reproduzido no livro didático utilizado pelos alunos, foram apresentadas nas aulas palavras de origem indígena, africana e árabe que são utilizadas em nosso vocabulário.

Isso prova que a língua não é totalmente pura e sim uma vasta combinação de empréstimos de outros idiomas. Nos casos dos vocábulos indígenas e africanos, fica mais fácil de entendermos porque isso ocorreu, pois quando os portugueses vieram ao Brasil, entraram em contato com os índios que já habitavam nossas terras. Já dos africanos, que foram brutalmente trazidos para cá, também recebemos influências na língua. É bom ressaltar que eles também contribuíram em outras áreas como culinária, cultura, religião, entre outros.

Mas, no caso do árabe, temos que retroceder um pouco mais na cronologia. Bem antes de o Brasil ser descoberto, a Península Ibérica (formada por Portugal e Espanha) foi ocupada pelos muçulmanos a partir do ano de 711 e por lá ficaram por quase oitocentos anos. Foi daí que nossa língua recebeu importante contribuição em palavras como laranja, almoço, espinafre e almôndega.

Nas fotos abaixo, alguns exemplos da arquitetura árabe na Península Ibérica:


Palácio de Alhambra, Granada (Espanha)
  

Entrada para o Oratório de Aljafería


Torre de Ouro, Sevilha (Espanha)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Poesia nunca é demais

Vinícius de Moraes estaria completando 97 anos hoje. Foi diplomata, poeta e compositor. Certamente alguma obra de Vinícius você conhece, nem que sejam as músicas infantis como A Casa: "Era uma casa muito engraçada/ Não tinha teto, não tinha nada (...)". Ou então Aquarela, música que compôs juntamente com Toquinho: "Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (...)".

Sua obra é imensa, tanto na criação individual, quanto nas parcerias, inclusive servindo de inspiração a outros artistas. A partir da adaptação da peça teatral Orfeu da Conceição, escrita por Vinícius, Marcel Camus dirigiu o filme Orfeu Negro, que levou o Oscar de melhor filme em 1960 e a Palma de Ouro em Cannes no ano anterior.


Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinícius de Moraes

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O livro na palma da mão

Terminou ontem a primeira Bienal do Livro de Curitiba. Já era tempo de termos algo voltado para a Literatura deste porte. Infelizmente, como peguei as turmas no final do 3º bimestre, não pude programar com antecedência uma visita escolar.

Mas, ainda bem que temos livrarias, bibliotecas e sebos, então, nada de desculpas para não ler. Se você já se desanima ao ver um livro com muitas páginas, aí vai uma dica: livros pequeninos que não assustam ninguém. As obras estão completas, o único problema é para a visão, pois as letras são muito miúdas.

Nas fotos abaixo, um exemplar de O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry e Dom Casmurro de Machado de Assis aberto na página sobre o personagem José Dias.


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Para começar

Este blog foi criado com o objetivo de utilizar as ferramentas da tecnologia a favor de uma maior divulgação do conhecimento. Já que a maioria dos meus alunos relatou gostar de ficar na internet, que tal dar uma passadinha por esse espaço, ler, refletir, criticar, comentar e sugerir mudanças? Xingar não vale, vocês já fazem isso em sala de aula. Respeito, hein?